sexta-feira, 19 de novembro de 2010

InSôNiA

Para não deixar o dom mentir a genética confirmou!!! srrsrsrs
A família tem uma história complicada, mas aí está, uma poesia daquele que por muito tempo não foi reconhecido como meu avô, mas agora acredito que já podemos revelar ao público, pois a genética tem dessas coisas... ahuahuhauahua


Obrigada por seus genes e por todo o curto tempo que tivemos contato, mas que infelizmente não foi como avô e neta.


Poesia Insônia escrita pelo poeta Aulino Silva em maio de 1973. O autor sofria de insônia, nunca freqüentou uma sala de aula, a maioria de suas poesias foram ditadas a um de seus filhos. Dizia que uma palavra nova atormentava sua mente até o momento em que ele a decifrava por completo. 


Com a palavra o poeta das madrugadas... Srº Aulino Silva



InSôNiA

Quando a noite imensa dorme
No seu leito de tugúrio
Desce espaço um manto escuro
Cobrindo a cerrania
Nessas horas de silêncio
Tudo diz Ave Maria

Dorme o tigre sossegado
No seu covil lá na serra
Forasteiro de outras terras
Ali vive folgazão
E depois assim saudosa
Vem a lua vagarosa
Expandindo o seu clarão

Como é triste as horas mortas
A insônia a solidão
Tudo vem ao coração
De novo o vento a rugir
Meia noite que tristeza
Dorme até a natureza
Só eu não posso dormir

Como as águas também dormem
Sobre o imenso amazonas
Do afluente as ondas vem a ele aposentar
E no turvo horizonte
Dorme o condor no monte
Dorme o cisne sobre o mar

Vem aurora o vento brando
Como é linda a madrugada
Ouço o cantar da passarada
De novo a lua a sorrir
O silêncio desconforme
Nestas horas tudo dorme
Só eu não posso dormir


 

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